Multiplasingularidade

Um espaço singular e coletivo sobre o que é meu e que também diz respeito aos outros. Onde irei compartilhar os passos nessa trajetória que estou experienciando.

Ah a ansiedade

Tenho pensado sobre minha ansiedade… consigo identificar (pelo menos) quando estou ansiosa, e as pessoas que convivem comigo também.

Eu falo, falo, falo e esqueço de respirar e ufaa acabou… é essa a sensação que tive no primeiro atendimento, e sai péssima pensando NOSSAAAA eu falei demais, mais que o paciente que coisa horrível (e pra completar ele não voltou), ai sim pensei eu fiz tudo errado.

Durante a supervisão de ontem eu falei, falei e falei dessa ansiedade que me deixa angústiada e me senti um pouco mais tranquila. Pensando em maneiras de respirar e pensar no meio das frases e menos culpada também.

Lembrei do que o Douglas (meu supervisor) falou ontem e vim procurar onde mesmo que eu havia lido sobre a ansiedade do terapeuta e Acheiii

Foi o Bleger no livro Temas de psicologia – entrevistas e grupos (um dia resenho ele e posto aqui) que me deu a super dica tranquilizante de que a ansiedadeé um dos fatores mais difíceis de manejar (aii isso eu ja imaginava), mas esse senhor muito iluminado me contou também que a ansiedade é o motor do interesse pela investigação e pelo interesse em penetrar no desconhecido, ou seja a ansiedade moderada é boazinhaaa! E sabe que eu concordo, pois como isso me movimentou a pensar, tanto que li esse livro, fui buscar outras coisas e a angústia então.

Por isso meu lema agora é:  Ansiedade, tenha com moderação!!

3 Comentários

  1. olá, thatiane!
    segui o caminho indicado e por aqui cheguei, vi e gostei!
    e por acaso, chego exatamente nessa postagem da ansiedade… ela dá e passa!
    às vezes é necessário querer menos para produzir mais… nos ensinaram que desejo equivale a querer muito, um montão… mas desejar é simples, é só querer… no mais, basta ouvir e escutar o que vem do outro.
    não há como ouvir e escutar o que vem do outro, ao mesmo tempo em que tentamos escutar o que vem de nós próprios… e tb, não é necessário molduras para enquadrar o que as pessoas são… singularidade é isso: é cada um e cada coisa ser o que é e do jeito que é! vc já desenhou isso em outras postagens! às vezes as pessoas se parecem tanto com os rótulos que as tomamos por tais e, assim, esquecemos que são singulares!
    o caminho nunca está dado, mas se faz ao andar (já dizia antonio machado)… se a pessoa está com suas coisas embrulhadas, não somos nós (os psicólogos) que vamos desembrulhar… se nos procuram, é para que possamos, primeiro ajudá-los aprender a desembrulhar e depois, lidar com o que tem dentro… é exatamente por ser difícil lidar com o que há dentro dos embrulhos, que as pessoas os mantem com os nós amarrados!
    o fato de podermos nos fazer gente, ajuda a nos tornarmos esquizoanalistas, ou qualquer outra coisa que o valha!
    abraço carinhoso. contente por lhe ser apresentada e por poder conversar sobre as coisas da vida! maria luiza

    • Ah que bom ouvir essas coisas Maria Luiza, concordo que o caminho se faz ao andar. Estou tomando cuidado para não correr demais e respeitar o tempo e os passos do outro.

      Fico muito feliz pela visita e pelas palavras, grande abraço e volte sempre!

  2. Diego Moraes Gomes

    agora sao 5:46 da manhã, um desses horarios que tu perguntaria: que tipo de patologia tem um cara que está a essa hora escrevendo na internet….?
    gostei dessa coisa da tua ansiedade, pq assim nao me sinto sozinho…..hehehhehehehehe
    bjaooooooo

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